Esse texto trata sobre jovens educados com as tecnologias de hoje, e, que, sempre querem ser os melhores, os maiores. O mais marcante desse texto, aliás, uma parte de tudo o que eu achei importante é essa: Os alunos do 3º ano de uma das melhores escolas de ensino médio dos Estados Unidos, a Wellesley High School, em Massachusetts, estavam reunidos, numa tarde ensolarada no mês passado, para o momento mais especial de sua vida escolar, a formatura. Com seus chapéus e becas coloridos e pais orgulhosos na plateia, todos se preparavam para ouvir o discurso do professor de inglês David McCullough Jr. Esperavam, como sempre nessas ocasiões, uma ode a seus feitos acadêmicos, esportivos e sociais. O que ouviram do professor, porém, pode ser resumido em quatro palavras: vocês não são especiais. Elas foram repetidas nove vezes em 13 minutos. “Ao contrário do que seus troféus de futebol e seus boletins sugerem, vocês não são especiais”, disse McCullough logo no começo. “Adultos ocupados mimam vocês, os beijam, os confortam, os ensinam, os treinam, os ouvem, os aconselham, os encorajam, os consolam e os encorajam de novo. (...) Assistimos a todos os seus jogos, seus recitais, suas feiras de ciências. Sorrimos quando vocês entram na sala e nos deliciamos a cada tweet seus. Mas não tenham a ideia errada de que vocês são especiais. Porque vocês não são.”
Depois de você ter lido essa introdução, deve ter ficado de "boca aberta" com o que aconteceu. Mas, de fato, se você analisar tudo e muitíssimo bem, vai acreditar e concordar comigo nesse capítulo. Eles esperavam ser repletos de elogios e parabenizações, mas: surpresa! Foram "ridicularizados" - seria o que se pensa a princípio -. Na verdade, foram acordados de um mundinho de bajulações para um mundo onde a concorrência no mercado de trabalho é como tubarões cheios de fome no oceano quando cai uma isca. (kkk bela comparação). Mas é a verdade. Se você é acostumado pelos pais a ser o coitadinho, a receber elogios até quando faz nada mais que sua obrigação está na hora de tocar o despertador para a vida real, que, as vezes, se você não foi adaptado para ela pode sofrer certos choques.
Lendo mais adiante, no texto, tenho uma resenha que fiz hoje. Se vc ler o texto irá compreender o que digo.
" As pessoas do mundo de hoje acham-se melhores que as outras. São criadas especiais demais para os pais e não-especiais para o mundo. Essas pessoas não aceitam ser criticadas (5º parágrafo), pois, para elas, sua inteligência e outras características são boas demais para serem desprezadas. Muitos se apoiam nos pais, que, provavelmente, lhes dá tudo. Não sabem se relacionar com o mundo ao seu redor, pois querem sempre ser superiores aos outros." Aqui há uma parte bem importante também: "Que criação é essa que, mesmo com a garantia da melhor educação e sem falta de atenção dos pais, produz legiões de narcisistas com dificuldade de adaptação? Os estilos de criação modernos têm em comum duas características. A primeira é o esforço incansável dos pais para garantir o sucesso futuro de sua prole – e esse sucesso depende, mais do que nunca, de entrar numa boa universidade e seguir uma carreira sólida. Nos Estados Unidos, a tentativa de empacotar as crianças para esse modelo de vida começa desde cedo. Escolas infantis selecionam bebês de 2 anos por meio de testes. Isso acontece no Brasil também. No colégio paulista Vértice, um dos mais bem classificados no ranking do Enem, há fila para uma vaga no jardim da infância."
"Com uma visão distorcida de suas qualidades, com dificuldade para lidar com as críticas e aprender com seus erros, muito jovens narcisistas não conseguem se acertar em nenhuma carreira. Outros vão parar na terapia. Esses jovens acham que podem muito. Quando chegam à vida adulta, descobrem que simplesmente não dão conta da própria vida." Vou mostrar, ainda, uma história de uma jovem vitima dos mimos dos pais que se deu mal em algumas escolhas da vida.
"Em terapia desde os 15 anos, Priscila Pazzetto tem hoje 25 e não hesita em dizer que foi e ainda é mimada. “Uma vez pedi para minha mãe me pôr de castigo, porque não sabia como era”, afirma. Os pais se referem a ela como “nossa taça de champanhe”, a caçula de três irmãos que veio brindar a felicidade da família num momento em que seu pai lutava contra um câncer. “Nasci no Ano-Novo. Quando assistia às chuvas de fogos na TV, meus pais diziam que aquilo tudo era para mim, para comemorar meu aniversário”, diz Priscila.
Quando cresceu, nada disso a ajudou a terminar o que começava. Tentou inglês, teatro, tênis, caratê, futebol, jiu-jítsu e natação. Interrompeu até o hipismo, pelo qual era apaixonada. Estudou em sete colégios particulares de São Paulo e, com frequência, seu pai precisou interferir para que ela passasse de ano. Passou em três vestibulares, mas não concluiu nenhum curso superior. “Simplesmente não me sinto motivada a ir até o fim”, afirma. Ainda morando com os pais, Priscila acaba de fazer um curso técnico de maquiagem e diz que arrumou emprego na butique de uma amiga. Tenta de novo começar."
Se há pais lendo isso, ou futuros pais, fiquem atentos a educação que é dada hoje. Além do adolescente sofrer tantos elogios a ponto de não saber quando errou, esses mimos interferem na formação cidadã de uma pessoa. Escrevi mais um trecho ainda: "a pessoa que desde criança quer ser parabenizada em tudo cria expectativas com resultados errados sobre sí. A criança tem que receber elogios e exortações. Ela tem que entender a diferença do certo pro errado de forma correta. Não ésó apontar o que ela pode ou não fazer, mas também saber quando elogiar. Tem que se acostumar quando for aprovada ou reprovada. [...]".
Bom foi isso. Abraços!! comentem aí!